Mercado imobiliário faz construção civil ter primeira alta em 5 anos
05 de março de 2020
Setor é aposta do mercado financeiro, mas apesar de avanços tem crescimento tímido e segue em retração
A construção imobiliária contribuiu para o primeiro resultado positivo da construção civil em cinco anos, de acordo com os dados das Contas Nacionais, divulgadas nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2019, o setor teve avanço de 1,6% em comparação a 2018.
O resultado da construção, que incluiu ainda urbanismo, estradas e infraestrutura, permanece tímido, porém, diante das perdas do setor nos últimos anos. O PIB da construção recuou fortemente em 2014 (-2,1%), em 2015 (-9%), em 2016 (-10%), em 2017 (-9,2%) e em 2018 (-3,8%).
No quarto trimestre de 2019, entretanto, a construção registrou queda de 2,5% sobre o terceiro trimestre, feitos os ajustes sazonais.
Dados do desempenho do crédito imobiliário em 2019, divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), já indicavam alta de 37% nos financiamentos imobiliários com recursos da Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Embora o índice FipeZap, que compara preços de imóveis em anúncios pela internet, não tenha registrado melhora nos preços de empreendimentos comerciais e residências, o financiamento imobiliário vêm crescendo, tanto para pessoas físicas, como para as incorporadoras.
Um dos fatores que contribuiu para isso foi a queda na taxa de juros, que acabou deixando o crédito mais barato para construtoras e consumidores. Outro indicativo de investimentos na área é o nível de confiança do empresário da construção subiu em janeiro para maior nível desde maio de 2014.
Levantamento do Registro de Imóveis do Brasil, realizado com dados de cartórios, também apontou que o número de registros de compra e venda de imóveis subiu 9,7% em São Paulo e 9,2% no Rio de Janeiro, no acumulado de janeiro a novembro de 2019, em relação a igual período de 2018.
A construção imobiliária contribuiu para o primeiro resultado positivo da construção civil em cinco anos, de acordo com os dados das Contas Nacionais, divulgadas nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2019, o setor teve avanço de 1,6% em comparação a 2018.
O resultado da construção, que incluiu ainda urbanismo, estradas e infraestrutura, permanece tímido, porém, diante das perdas do setor nos últimos anos. O PIB da construção recuou fortemente em 2014 (-2,1%), em 2015 (-9%), em 2016 (-10%), em 2017 (-9,2%) e em 2018 (-3,8%).
No quarto trimestre de 2019, entretanto, a construção registrou queda de 2,5% sobre o terceiro trimestre, feitos os ajustes sazonais.
Dados do desempenho do crédito imobiliário em 2019, divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), já indicavam alta de 37% nos financiamentos imobiliários com recursos da Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Embora o índice FipeZap, que compara preços de imóveis em anúncios pela internet, não tenha registrado melhora nos preços de empreendimentos comerciais e residências, o financiamento imobiliário vêm crescendo, tanto para pessoas físicas, como para as incorporadoras.
Um dos fatores que contribuiu para isso foi a queda na taxa de juros, que acabou deixando o crédito mais barato para construtoras e consumidores. Outro indicativo de investimentos na área é o nível de confiança do empresário da construção subiu em janeiro para maior nível desde maio de 2014.
Levantamento do Registro de Imóveis do Brasil, realizado com dados de cartórios, também apontou que o número de registros de compra e venda de imóveis subiu 9,7% em São Paulo e 9,2% no Rio de Janeiro, no acumulado de janeiro a novembro de 2019, em relação a igual período de 2018.
O setor imobiliário é uma das apostas do mercado financeiro para 2020. Depois de anos de estagnação, ele volta ao foco, por estar ligado ao crescimento da economia e demanda doméstica.
Construtoras e incorporadoras agora partem para o mercado de capitais em busca de financiamento. Só neste ano, três delas já fizeram ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês): a Moura Dubeux, a Mitre e a Priner.
Outros registros de solicitação de abertura de capital já foram encaminhados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regular. A expectativa é de que haja mais estreias em breve.
Em janeiro de 2020, foram financiados 27,9 mil imóveis, alta de 38,9% em um ano, mas queda de 11,9% em relação a dezembro. Mas com projeções cada vez mais modestas para o PIB deste ano, as expectativas podem não se alinhar com a realidade.
De acordo com Confederação Nacional da Indústria, a atividade no setor teve avanço em fevereiro, com 3,5 pontos acima do registrado em janeiro de 2019, mas continua abaixo dos 50 pontos, o que indica que segue em retração.
Construtoras e incorporadoras agora partem para o mercado de capitais em busca de financiamento. Só neste ano, três delas já fizeram ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês): a Moura Dubeux, a Mitre e a Priner.
Outros registros de solicitação de abertura de capital já foram encaminhados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regular. A expectativa é de que haja mais estreias em breve.
Em janeiro de 2020, foram financiados 27,9 mil imóveis, alta de 38,9% em um ano, mas queda de 11,9% em relação a dezembro. Mas com projeções cada vez mais modestas para o PIB deste ano, as expectativas podem não se alinhar com a realidade.
De acordo com Confederação Nacional da Indústria, a atividade no setor teve avanço em fevereiro, com 3,5 pontos acima do registrado em janeiro de 2019, mas continua abaixo dos 50 pontos, o que indica que segue em retração.
Frustração
A queda de 2,5% da construção civil no quarto trimestre, em relação ao terceiro trimestre com ajuste, é a principal frustração para o Produto Interno Bruto (PIB) do período, avalia o Santander. Também chamam a atenção desempenho abaixo do esperado de itens de serviços mais ligados à renda das famílias.
O banco tem viés de baixa para sua projeção de crescimento de 2% para o PIB brasileiro em 2020, e deve fazer sua revisão periódica na próxima semana, trazendo o número para faixa entre 1,6% e 1,7%, antecipou nesta quarta-feira Lucas Nobrega, economista do grupo Santander, durante teleconferência com jornalistas. Segundo ele, o coronavírus deve gerar 0,2 a 0,3 ponto de perda de PIB para o país este ano.
Segundo Nobrega, a alta de 0,5% no PIB do quarto trimestre, na margem, veio em linha com as expectativas do mercado e ligeiramente acima da projeção do Santander (0,4%).
No trimestre, o economista avalia que a queda da construção foi a principal frustração, após forte desempenho registrado pelo item no segundo e terceiro trimestres, com altas de 2,4% e 1,6%, respectivamente. “Houve uma reversão de expectativa grande, após dois resultados promissores”, avaliou Nobrega, ponderando que dados trimestrais devem ser olhados com cautela, devido à volatilidade.
O analista lembra que o setor de construção civil é chave para uma aceleração do crescimento, por ser grande empregador, o que gera consumo. “Isso acende uma luz amarela em relação à velocidade de retomada da construção civil”, afirma.
Fonte Valor Investe 04/03/2020
Por Isabel Filgueiras, Alessandra Saraiva, Bruno Villas e Thais Carra, Valor Investe e Valor — São Paulo e Rio
A queda de 2,5% da construção civil no quarto trimestre, em relação ao terceiro trimestre com ajuste, é a principal frustração para o Produto Interno Bruto (PIB) do período, avalia o Santander. Também chamam a atenção desempenho abaixo do esperado de itens de serviços mais ligados à renda das famílias.
O banco tem viés de baixa para sua projeção de crescimento de 2% para o PIB brasileiro em 2020, e deve fazer sua revisão periódica na próxima semana, trazendo o número para faixa entre 1,6% e 1,7%, antecipou nesta quarta-feira Lucas Nobrega, economista do grupo Santander, durante teleconferência com jornalistas. Segundo ele, o coronavírus deve gerar 0,2 a 0,3 ponto de perda de PIB para o país este ano.
Segundo Nobrega, a alta de 0,5% no PIB do quarto trimestre, na margem, veio em linha com as expectativas do mercado e ligeiramente acima da projeção do Santander (0,4%).
No trimestre, o economista avalia que a queda da construção foi a principal frustração, após forte desempenho registrado pelo item no segundo e terceiro trimestres, com altas de 2,4% e 1,6%, respectivamente. “Houve uma reversão de expectativa grande, após dois resultados promissores”, avaliou Nobrega, ponderando que dados trimestrais devem ser olhados com cautela, devido à volatilidade.
O analista lembra que o setor de construção civil é chave para uma aceleração do crescimento, por ser grande empregador, o que gera consumo. “Isso acende uma luz amarela em relação à velocidade de retomada da construção civil”, afirma.
Fonte Valor Investe 04/03/2020
Por Isabel Filgueiras, Alessandra Saraiva, Bruno Villas e Thais Carra, Valor Investe e Valor — São Paulo e Rio